Como seria se crescesse naquele lugar?
Como seria se conhecesse desde pequeno a realidade de um amigo? Um campo de dimensão generosa que incluía um muro, duas escadarias e colunas de granito, entre o construído que serviria de futuro, uma moradia imaginária nas suas intenções, foram o ponto de partida para perceber que teria de desenvolver a moradia em duas plataformas. Uma superior, como ponto de chegada capaz de se mostrar para o Largo, deixando-o respirar perante uma vedação permeável à vista. Outra inferior, confiando a privacidade e todo um silêncio onde sobressai a palavra conforto. Painéis e portas que descobrem espaços, pormenores de simplicidade, vistas, luminosidade e relações visuais entre pisos completam o resultado.
As várias perspectivas da moradia evidenciam-se assim, como um bloco de ostentação que levita entre o claro e o escuro, entre tensões, cheios e vazios que engrandecem a volumetria.